GRUPOS ÉTNICOS DO RIO GRANDE DO NORTE

O estado do Rio Grande do Norte não possui comunidades indígenas reconhecidas. Isto porque os indíos e índias da região sofreram com mais virulidade a pressão da miscigenação cultural e limpeza étnica desde os primórdios da colonização brasileira. Região central de uma extensa área indígena rebelde, que servia de refúgio para muitas das tribos que iam contra o sistema mercantilista, tornaram-se alvo de grande repressão militar por parte da ordem vigente: constantes levantes e alianças entre colonizadores e índios, sujas conspirações entre as diferentes tribos que levaram à quase total dizimação dxs índígenas da região. Estabelecida a tecnocracia dos engenhos de cana, modernizados em grandes usinas de "bio" combustíveis, a dominação política consolidou-se com a chegada da base aérea estadunidense na cidade de Parnamirim, próximo a Natal, no ano de 1941, agravando ainda mais a exploração da natureza e da humanidade local. Literalmente, prostituiram o restante das descendentes potiguare/as. Após mais de 100 anos de silêncio oficial, nos quais estas populações foram dadas como extintas, desde junho de 2005, diferentes grupos étnicos reivindicam sua identidade indígena no estado: Eleotério do Catu de Canguaretama, Mendonça do Amarelão de João Câmara; Caboclos de Açu; Comunidade de Banguê e Trapiá, também em Açu; Comunidade de Sagi. Apesar do etnocídio, ou da tática do desaparecimento para não serem mortos, configuram culturas altamente resistentes e em processo de constante recriação. Uma destas recriações será a Flor do Catu.


Fonte: CMI Brasil

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